Cavalo de Troia: o país que arruína a frente unida da OTAN contra Rússia

© Sputnik / Alexei Druzhinin / Acessar o banco de imagensO Presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras
O Presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras - Sputnik Brasil
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A Aliança militar está aparentemente preocupada porque a parte da frente supostamente unida contra a Rússia, de fato, fracassou, o que entre outras coisas é confirmado pela cooperação crescente entre Atenas (membro da OTAN) e Moscou em áreas como energia, turismo e defesa.

Um projeto conjunto destinado a produzir fuzis de assalto Kalashnikov na Grécia parece ser uma questão incômoda para a OTAN. De acordo com o ministro da Defesa grego Panos Kammenos, será possível dar início à iniciativa quando as sanções antirrussas forem levantadas.

"O fato de um país-membro da OTAN estrategicamente importante como a Grécia estar tentando construir suas próprias relações com Moscou poderia prejudicar seriamente a capacidade da Aliança para apresentar uma frente unida para impedir uma possível agressão russa", disse um funcionário anônimo da OTAN ao The Telegraph.

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De acordo com vários analistas, altos funcionários e comandantes militares da Aliança se referem à inexistente ameaça russa e comportamento "agressivo" do país para justificar uma escalada militar da Aliança sem precedentes na Europa Oriental, região do Báltico e, nos últimos tempos, no Mar Negro.

OTAN acusa Moscou de influenciar a decisão de partes da Ucrânia e da Criméia para aderir à Rússia. Por seu lado, Moscou é parte da resolução da crise no país vizinho, embora não seja uma parte do conflito.

No entanto, a Grécia não é apenas um membro qualquer da OTAN, mas também um parceiro importante para a Rússia. No início desta semana, o presidente da Duma de Estado Sergei Naryshkin chamou Atenas de "o amigo mais antigo da Rússia" e ele tem razão. As relações entre os dois países já têm mil anos.

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As medidas de austeridade econômica impostas pelos três credores internacionais mais influentes e o dobre de finados que soa sobre a frágil economia da Grécia também servem como fatores.

Como resultado, a Grécia e vários outros países, nomeadamente a Itália, fazem uma pressão significativa sobre os membros da União Europeia para iniciar um diálogo mais construtivo sobre as sanções antirrussas, questionando a necessidade das medidas restritivas que afeta negativamente a cooperação bilateral.

No sábado, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras pediu aos líderes da OTAN para participarem de "conversações construtivas" com a Rússia. Ele defende fortemente um diálogo com Moscou, dizendo que as sanções e a retórica da Guerra Fria são um estilo improdutivo.

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