Inicialmente, Waldir Maranhão tinha determinado que a eleição acontecesse na quinta-feira (14), mas líderes de partidos da base aliada do presidente interino Michel Temer chegaram a desautorizar a decisão do presidente interino da Câmara e alteraram a data para terça-feira (12).
Maranhão então, publicou uma decisão revogando a data escolhida pelo colégio de líderes partidários e mantendo a eleição para quinta-feira. O embate só teve fim mesmo na noite deste domingo (10), decidindo a eleição para a quarta-feira (13).
Enquanto isso, o número de deputados se candidatando para concorrer à presidência da Câmara dos Deputados, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo, só aumenta e pode chegar a 16. Entre os favoritos para ocupar o cargo, no entanto, muitos enfrentam algum tipo de processo judicial, ou estão sendo investigados na Operação Lava Jato e por desvios de recursos públicos.
A corrida pelo cargo é grande, pois se houver a confirmação do impeachment contra a presidenta afastada Dilma Rousseff, o interino Michel Temer assumirá em definitivo a presidência da República, com isso, o presidente da Câmara passa a ser o segundo na linha sucessória. O escolhido vai governar a Câmara dos Deputados por sete meses e terá o poder de adiantar ou atrasar o processo de cassação de Cunha, além de interferir nas votações de projetos importantes para o ajuste fiscal do governo Temer.
A Mesa Diretora da Câmara se reúne nesta segunda-feira (11), para definir os detalhes da eleição para a presidência da Casa, como por exemplo o tempo de discurso de cada candidato.