O Sudão do Sul é um território importante para a China, 80% de exportações de petróleo do país são destinados à China e a venda de petróleo constitui 5% de importações de petróleo pela China.
"Claro que pode (influenciar). Porque houve um momento quando o conflito entre Sudão e Sudão do Sul, que não pôde ser regulado, já após o reconhecimento da independência, levou à queda da extração de petróleo e à diminuição de fornecimentos do petróleo para o estrangeiro".
Após o início do conflito, a China fez muitos esforços para normalizar a situação, porque houve uma ameaça direta a seus interesses. Graças a seus esforços, as partes (Sudão e Sudão do Sul) conseguiram regular o conflito e discutir as consequências de repartição de renda da extração, trânsito e exportações de petróleo.
Segundo o analista da Academia Diplomática da China Gao Fei "a razão principal para o agravamento do conflito no Sudão do Sul é a contradição étnica. Isto é, o Estado mais novo do Mundo, após a proclamação da independência, necessita primeiro de acertar suas relações exteriores e também de regular as contradições e o conflito com Sudão. O Sudão do Sul não conseguiu até o momento encontrar caminhos para a formação do Estado e para o desenvolvimento econômico. É por isso que os acontecimentos atuais no Sudão do Sul têm razões econômicas, mas é preciso ir buscar mais razões nas contradições políticas e étnicas, tomando em consideração as tradições locais. Este conflito não pode ser classificado como imprevisível".
A China enviou os seus pacificadores para o Sudão do Sul como parte da missão da ONU em setembro de 2014. O contingente atual de forças da paz da China no Sudão do Sul é aproximadamente de 800 militares.
O Sudão do Sul é rico em jazidas de minério de ferro, cobre, cromo, zinco, volfrâmio, malacacheta, ouro, prata e diamantes. O petróleo é a maior riqueza do país. É o terceiro país petrolífero da África e é por isso que seu território sempre foi um ponto de confrontações geopolíticas.