Depois do encontro, o Ministro do Esporte, Leonardo Picciani explicou para a imprensa que a verba foi solicitada pelo Ministério da Defesa ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e o pedido foi concedido.
Leonardo Picciani afirmou que o Governo Federal quer garantir que a partir do dia 24 de julho toda a operação de segurança para os Jogos esteja em pleno funcionamento e para isso era considerada a liberação dos recursos.
"Essa é uma fase de ajustes finais. A maioria das ações que eram necessárias para as Olimpíadas já estão concluídas. Nós estamos agora na fase de ajustes finais, mas o Ministério da Defesa precisa a partir do dia 24, estar com sua operação plena em funcionamento e estará com sua operação plena. Assumiu também não só a tarefa de defesa,como uma parte de tarefa de policiamento ostensivo para os Jogos Olímpicos, nas vias, próximo a equipamentos olímpicos, também no patrulhamento marítimo e evidentemente que isso requer recursos. Por isso foi feito por parte do Ministério da Defesa uma solicitação de espaço orçamentário junto ao Ministério do Planejamento para fazer frente a esses compromissos, mas algo absolutamente dentro do previsto, que não terá nenhum problema."
O Ministro do Esporte ainda falou que, nos próximos dias, o presidente interino Michel Temer vai editar a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permitindo que as Forças Armadas atuem no policiamento durante a Olimpíada, por tempo limitado para preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento das instituições.
"O presidente editará a GLO nos próximos dias. É algo que está previsto, e ocorrerá, porque é algo fundamental a operação de segurança dos Jogos Olímpicos."
22 mil militares vão atuar na segurança dos Jogos Olímpicos. As tropas vão fazer o patrulhamento em estações ferroviárias próximas ao Maracanã e ao Complexo Esportivo de Deodoro, em vias expressas, como a Linha Vermelha, a Avenida Brasil e a Transolímpica, e no entorno dos aeroportos. Os militares também vão atuar como força de contingência, na segurança de autoridades e atletas, na proteção de estruturas estratégicas da cidade e no combate ao terrorismo.
Ao ser questionado sobre as últimas críticas feitas pelo Prefeito do Rio, Eduardo Paes ao Jornal britânico 'The Guardian', de que o Brasil perdeu uma grande oportunidade com a Olimpíada, e citando ainda a crise política no país e problemas na segurança pública do Rio, Piccini não quis polemizar.
O ministro afirmou que "não existe divergência entre o governo federal e a prefeitura do Rio de Janeiro. O prefeito é responsável por suas opiniões e já esclareceu as suas falas e a que se referia. O prefeito não se referia à parceira com o governo federal."