Na Declaração de Varsóvia, que os países da OTAN aprovaram no final da cúpula da aliança, a Rússia é mencionada quatro vezes, enquanto o Daesh aparece no documento apenas uma vez, destaca o jornalista.
“O fato é que uma guerra dessas, com envolvimento dos arsenais nucleares e que provavelmente causaria a morte da civilização humana, não preocupa a OTAN porque é conveniente para a aliança usar a Rússia como uma ameaça horrível a fim de manter os gastos dos EUA com a defesa”, conclui o artigo.
McDonald acredita que a maior ameaça à segurança europeia tem suas origens no Oriente Médio. Só para Alemanha no ano passado vieram mais de um milhão de refugiados, o que contribuiu para a instabilidade política e social no continente. As pessoas fogem dos países que os EUA ajudaram a destruir, em particular, do Iraque e da Líbia. Além disso, o Daesh está matando pessoas no território de membros da OTAN, organizando atentados terroristas em Paris e Bruxelas, mas a aliança continua insistindo no fato de que a Europa não está ameaçada pelo terrorismo, mas pela Rússia, resume o autor.