A agência russa RIA Novosti entrou no contato com vários cidadãos russos que estavam na cidade e viram a tragédia com seus próprios olhos.
"Corpos estavam na estrada"
A guia Rita Davletova estava no terraço de um restaurante com seus amigos. Uma deles que trabalha na Prefeitura de Nice logo entendeu que algo estava errado:
Cerca de uma hora depois foram autorizados a sair do casino. Na sala principal havia corpos cobertos de lençóis.
"Na estrada havia muitos corpos. Tínhamos medo de nos separarmos… Neste casino também havia um jovem rapaz russo. Ele estava lá por acaso, passava pelo local e falava por telefone, quando virou a cabeça, viu o caminhão e correu conosco. Não conseguiu ligar para sua mãe. Muitas pessoas estavam perdidas. Uma mulher que chegou ao casino com um carrinho de bebé, chorava muito porque seu marido tinha caído nessa avenida", adicionou Rita.
"Não havia policiais"
Alina Shabanova com seu esposo jantavam nessa altura em um restaurante na avenida marginal.
"O caminhão rompeu a cerca, o que não era difícil – as construções de metal eram leves. No meio havia sido instalado um palco onde tocava um grupo rock… Nas notícias falam que o atentado ocorreu durante o fogo de artifício mas não é assim. O fogo de artifício já tinha acabado, o grupo musical estava no palco, muitas pessoas estavam lá. Nessa noite Nice ficou vazia, todos tinham vindo ao Passeio dos Ingleses, por isso a multidão era enorme", disse Alina.
Segundo ela, o nível de segurança não era suficiente. Se durante a parada nas ruas havia policiais, de noite já quase não havia.