"O presidente [Obama] não falou com o presidente Erdogan desde os eventos deste fim de semana, mas eu gostaria de antecipar que o presidente Obama vai estar no telefone com o presidente Erdogan relativamente em breve", afirmou o secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, em entrevista coletiva nesta segunda (18).
De acordo com ele, os EUA já se ofereceram para ajudar a Turquia “de qualquer maneira possível” no que diz respeito à investigação sobre a tentativa de golpe.
"É crucial para eles [o governo turco] exercer a moderação, respeitar e observar o devido processo e proteger as liberdades que estão consagradas na Constituição da Turquia", acrescentou Earnest, falando sobre a reação de Ancara ao levante militar.
Na noite de sexta-feira (15), as autoridades turcas disseram que havia uma tentativa de golpe militar no país. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, convocou o povo a ir às ruas para “defender a democracia” e responsabilizou o clérigo opositor turco Fethullah Gulen de orquestrar o golpe a partir de seu autoexílio nos EUA.
O levante foi reprimido ainda na madrugada de sábado (16), com o primeiro-ministro turco Binali Yildirim afirmando que todos os golpistas haviam sido identificados e seriam punidos. Mais de 290 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas durante os eventos. Até agora, quase 6 mil pessoas já foram detidas por suspeita de envolvimento no golpe fracassado.