Em entrevista, Bockel sublinhou que o presidente francês tem que fazer declarações mais claras e exatas no que diz respeito à reforma da Guarda Nacional.
A entrevista foi realizada depois da tragédia do dia 14 de julho na cidade francesa de Nice, quando um caminhão atropelou a multidão das pessoas que celebravam o Dia da Bastilha, deixando pelo menos 84 mortos, incluindo crianças, e centenas de feridos.
De acordo com Bockel, a Guarda Nacional da França, que é um termo estabelecido em 13 de julho de 1789, um dia antes da tomada da Bastilha, será o novo nome da reserva militar do país, que foi reduzida consideravelmente depois do cancelamento do recrutamento obrigatório.
"Precisamos da reserva militar que seja a Defesa Nacional do Exército francês, isto é, uma Guarda Nacional que, além dos recursos da Gendarmaria, seja capaz de cobrir melhor o território do país para enfrentar os problemas sérios", disse Bockel, se referindo aos ataques terroristas.
O ministro do Interior da França Bernard Cazeneuve pediu a todos os patriotas para se juntarem à reserva operacional voluntariamente "para aumentar a capacidade máxima deste recurso nos próximos dias".
"Por um lado, não podemos dizer que vai ser feito absolutamente tudo para reduzir a ameaça terrorista, e, por outro lado, introduzir um orçamento limitado para a polícia. É uma contradição absoluta em termos de lógica", concluiu.
Vale notar que no início de julho de 2016 o presidente russo Vladimir Putin assinou a lei que cria a Guarda Nacional. O novo órgão federal será responsável por combate ao terrorismo e crime organizado, políticas de emergência, operações antiterroristas, proteção de instalações governamentais e assistência ao Serviço Federal de Segurança na vigilância das fronteiras no país.