“Os países europeus, que adotaram medidas similares após alguns pequenos atentados terroristas que não podem ser comparados com a ameaça com que se deparou o nosso país, não têm direito de nos criticar pela decisão de decretar um estado de emergência” – disse Erdogan ao fim da reunião do Conselho de Segurança e do governo da Turquia.
Erdogan destacou, no entanto, que os direitos, as liberdades e a democracia não serão afetados na Turquia com a introdução do regime, e que, os mesmo serão reforçados com a introdução do estado de emergência.
Mais cedo, o presidente turco disse que o seu governo considera a possibilidade de ter havido participação estrangeira no golpe militar frustrado em seu país.
Ancara acusa o clérigo Muhammed Fethullah Gulen, que mora nos Estados Unidos, de ser o principal responsável pela tentativa de derrubada do regime. O sacerdote, no entanto, nega. Como resultado das ações dos últimos dias, cerca de 10 mil pessoas foram detidas e outras 50 mil foram demitidas ou suspensas de seus cargos por suspeitas de envolvimento com o golpe.