O Baikal é o mais antigo e profundo lago do mundo. Contém 20 por cento das reservas de água doce do planeta no estado líquido e é considerado patrimônio nacional da Rússia, constando também na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Atualmente o lago se encontra em uma etapa natural caraterizada por baixos níveis de água que podem se esgotar durante um quarto de século. Neste contexto, o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev assinou um decreto que fixa o novo nível mínimo permitido de água para o Baikal: 455,5 metros sobre o nível do mar (antes eram 456 metros).
Embora as usinas estejam situadas no território da Mongólia, os responsáveis russos percebem esses planos como uma "grave ameaça à ecologia do lago", já que a metade do volume de água do Baikal é fornecida pelo rio Selenge. A usina hidrelétrica exercerá um impacto negativo sobre esse recurso importante.
Antes, o Banco Central compartilhou as preocupações russas congelando o financiamento do projeto de construção de usinas. Ao mesmo tempo a Rússia ofereceu à Mongólia outras alternativas de abastecimento de água que podem substituir a energia que o país pretende receber das novas usinas.
A proposta é transformar a Mongólia em um país de trânsito de energia elétrica entre a Rússia e a China e permitir-lhe usar esta rede, uma possibilidade que dará ao país mais opções de abastecimento de energia sem prejudicar a situação do lago Baikal.