As casas planejadas deverão expandir o assentamento de Gilo no perímetro sul de Jerusalém Oriental, e são parte de um plano maior para cerca de 1.200 unidades aprovadas cerca de três anos atrás, segundo disse a Ir Amim, uma ONG que monitora a atividade em torno dos assentamentos israelenses.
"Os planos em questão não são novos, e foram aprovados três anos atrás", confirmou um comunicado do gabinete do prefeito de Jerusalém, Nir Barkat.
Um relatório recente do chamado Quarteto diplomático – Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU – afirma que a expansão dos assentamentos israelenses está corroendo a possibilidade de uma solução de dois Estados para o conflito no Oriente Médio.
"Condeno fortemente a recente decisão das autoridades israelenses de avançar planos para construir cerca de 770 unidades habitacionais no assentamento de Gilo, construído sobre as terras de cidades palestinas ocupadas e aldeias entre Belém e Jerusalém Oriental", disse Nickolay Mladenov, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, em comunicado.
Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, disse, por sua vez, que a decisão "reflete ainda mais o fracasso da comunidade internacional em parar a expansão dos assentamentos de Israel".