A declaração foi feita por Kirby após o chefe do Ministério da Defesa da Rússia Sergei Shoigu ter anunciado um reforço significativo do Distrito Militar Sul do país.
Nas palavras do ministro russo, nos últimos três anos a Rússia criou no Distrito Militar Sul um total de 13 divisões e brigadas. A região recebeu armamentos, como os sistemas de mísseis balísticos móveis Iskander-M e sistemas de mísseis costeiros "Bastion" e "Bal". Além disso, a Frota do Mar Negro e a Frota do Mar Cáspio receberam, segundo ele, pequenos navios equipados com mísseis "Caliber".
Em resposta às declarações de Shoigu, John Kirby exortou a Rússia a cumprir os Acordos de Minsk, relativos à regulação da crise ucraniana, destacando que a Crimeia é parte da Ucrânia.
A Crimeia voltou a fazer parte da Rússia em março de 2014, após um referendo popular que revelou um apoio quase unânime à saída da Ucrânia e reintegração à Rússia. Por conta dessa decisão, os Estados Unidos adotaram uma série de sanções econômicas contra Moscou. Até hoje, Washington não reconhece a península como parte do território russo.
Hoje mais cedo, o candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump deu mais uma declaração polêmica, dizendo que, caso caso ele seja eleito, não descarta a possibilidade de reconhecer a península da Crimeia como parte integrante da Federação Russa.