Além disso, militares e setores nacionalistas também regiram negativamente ao acordo de FHC. Isto porque o texto concedia amplos poderes aos locadores da base e renunciava a uma série de controles e prerrogativas que o Brasil teria enquanto dono da instalação, praticamente criando um enclave dos EUA no Maranhão.
Eventualmente, o acordo foi retirado do Congresso com a subida de Lula ao poder, em 2003, mas os EUA nunca perderam o interesse pela possibilidade de usar a base brasileira, cuja localização privilegiada na linha do Equador reduz o custo de lançamento em até 30%, segundo especialistas.
“A volta do assunto à agenda bilateral, sob Temer e Serra, preocupa inclusive setores militares que temem novas cláusulas atentatórias à soberania nacional sobre a base”, escreve a jornalista.