Crimeia responde à troca de nomes das cidades no Google Maps

© flickr.com / Nick SavchenkoA cidade de Sevastopol, Ucrânia
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Assim chamada "descomunização" das cidades da Crimeia no Google Maps é uma espécie de cretinismo topográfico, afirmou o vice-primeiro-ministro do governo regional da Crimeia, Dmitry Polonsky.

Anteriormente, foi relatado que o serviço Google Maps seguiu a decisão de Kiev de mudar nomes das cidades da Crimeia. Em particular, a cidade de Krasnoperekopsk no Google Maps agora está chamada de Yany Kapu, Krasnogvardeiskoe mudou o nome para Kurman, Kirov se transformou em Islyam-Terek, e a cidade Sovetsky – em Ichki.

​"As pessoas provavelmente sofrem de cretinismo topográfico e depois de mudarem todos os nomes, eu acho que seu cretinismo vai somente se intensificar, mas isso é o problema deles. A Rússia tem seus próprios serviços de mapeamento, não precisa usar o Google Maps para navegar na península", disse Polonsky à RIA Novosti.

Segundo ele, a última decisão do Google vai levar a que os visitantes russos da península "deixem de usar os serviços de mapeamento de Google".

"Chamamos nossas cidades e aldeias pelos nomes verdadeiros e não da forma que alguém lhe apetece", disse o vice-primeiro-ministro.

Em maio de 2015 na Ucrânia entrou em vigor uma lei "Sobre a condenação de regimes comunista e nazista", que proíbe a utilização de símbolos e nomes soviéticos. O documento sugere, em particular, a mudança de nomes de algumas cidades. 

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Em fevereiro de 2014 um golpe de Estado em Kiev promoveu a troca de poder na Ucrânia. As novas autoridades adotaram uma política de caráter nacionalista e totalmente voltada para o Ocidente, ameaçando restringir uma série de direitos e liberdades das populações de origem russa do país. Preocupados com as consequências desta nova ordem, os habitantes da Crimeia, russos em sua grande maioria, optaram por se separar da Ucrânia através de um referendo realizado em março de 2014. Mais de 96% dos habitantes da península (1.2 milhões de pessoas) apoiaram a sua reintegração com a Rússia. O Ocidente chamou a votação de "anexação". Moscou declarou que o referendo foi realizado em plena conformidade com o direito internacional.

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O governo da Ucrânia continua considerando a Crimeia como um território nacional temporariamente ocupado por forças estrangeiras. A autodeterminação da população da península tampouco foi reconhecida pelos países ocidentais, muitos dos quais adotaram sanções contra a Rússia.

As autoridades russas, por sua vez, já declararam em diversas ocasiões que qualquer discussão sobre o novo estatuto da Crimeia está totalmente fora de questão.

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