O complexo das Trump Towers Rio foi concebido para ser o maior conjunto de escritórios em todos os países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), oferecendo aos futuros proprietários uma série de inovações tecnológicas e funcionais. De 2012 para cá, no entanto, não há nenhum sinal de obras, nem escavações ou mesmo tapumes. O trecho, onde a Caixa negocia compra de terrenos junto à Prefeitura, para construção de prédios comerciais e particulares, tem uma das vistas mais privilegiadas da Baía de Guanabara.
No site da Trump Organization, as duas primeiras torres começariam a ser construídas em 2015 e seriam entregues em 2018. O público alvo seria grandes empresas brasileiras e multinacionais. Em 2013, a Trump Towers Rio previa entregar duas torres este ano. A recessão econômica que o Brasil enfrenta há dois anos, porém, colocaram um freio nesses planos, com reflexos no mercado imobiliário e afugentando investidores.
A construção imobiliária na região continua em ritmo aquém do esperado pela Prefeitura. Embora as obras de alguns grandes prédios estejam em andamento, as construtoras ainda estão receosas em investir no local. A zona portuária do Rio foi sendo gradualmente esvaziada desde os anos 50 e grandes partes de armazéns e instalações foram abandonados nos anos 60 depois da transferência da capital para Brasília. Somente em 2009, com a criação do projeto do Porto Maravilha, o local começou a atrair a atenção da iniciativa privada.
Ao contrário das Trump Towers Rio, outro empreendimento do agora candidato republicano à presidência dos Estados Unidos teve melhor sorte. O Trump Rio de Janeiro Hotel, localizado na Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca, está abrindo para os Jogos Olímpicos. O hotel terá diárias de R$ 826 a R$ 936 e promete ser uma opção de referência na cidade.
A Sputnik Brasil solicitou informações sobre o andamento do projeto das Trump Towers Rio e ao Trump Rio de Janeiro Hotel, mas não obteve qualquer retorno até o fechamento desta edição.