Bloomberg cita países que podem provocar novas crises na Europa

© AFP 2023 / Daniel Leal-OlivasBandeiras da Grã-Bretanha e da União Europeia
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Em 2017, nos países responsáveis por cerca de 40% da economia europeia acontecerão eleições parlamentares e presidenciais.

A questão do Brexit, o maior fluxo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, terrorismo, surto da popularidade de eurocépticos e partidos populistas, crise do sistema bancário são os problemas atuais do continente europeu.

A agência Bloomberg apresentou uma lista de países onde as eleições poderão definir a política do continente em relação aos desafios acima mencionados. Estes países poderão provocar instabilidade política em um momento de crescente crise em toda a comunidade europeia.

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A Alemanha é um dos focos da tensão política na Europa. Em setembro do próximo ano no país serão realizadas eleições parlamentares. Os analistas destacam a votação nas terras federais de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e em Berlim: onde os eurocéticos da Alternativa para a Alemanha poderão contar com a maioria de votos. Os resultados das eleições vão mostrar se a Alternativa para a Alemanha conseguiu tirar proveito político dos recentes atentados na Alemanha, formando a oposição contra a política migratória de Angela Merkel.

Se Merkel decidir se candidatar ao quarto mandato, neste caso as eleições parlamentares poderão ser consideradas como um voto de confiança à chanceler alemã: ela é o líder europeu mais influente e "âncora" da integração europeia durante os últimos dez anos. Porém, a crise migratória ameaçou sua popularidade.

Em 25 de setembro serão realizadas eleições em uma autonomia espanhola – no País Basco. Analistas preveem que os nacionalistas bascos vencerão e, após a vitória, com maior grau de possibilidade, exigirão que Madri aumente o volume de créditos orçamentais e amplie os poderes dos órgãos locais. Isso vai gerar problemas para toda a Espanha e sua ordem constitucional.

Em outubro, o Partido da Liberdade da Áustria, do qual fazem parte políticos de direita, terá a segunda chance de ganhar. Em maio, seu candidato nas eleições presidenciais Norbert Hofer perdeu 0,6% de votos para o líder dos "verdes" Alexander Van der Bellen, mas o tribunal constitucional da Áustria cancelou os resultados da votação tomando decisão de fazer mais uma rodada eleitoral. A vitória de Hofer poderia se tornar um resultado extraordinário na história dos partidos europeus de extrema-direita, indica a Bloomberg.

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Outro partido de direita, o Partido para a Liberdade, vai tentar ganhar as eleições parlamentares na Holanda. Seu líder, Geert Wilders, apela à realização de um referendo sobre a saída da Holanda da UE, à semelhança do Reino Unido. Segundo pesquisas preliminares, o partido poderá ultrapassar os políticos liberais de direita do Partido Popular para a Liberdade e Democracia, chefiado pelo atual primeiro-ministro Mark Rutte, e obter 28 lugares no parlamento contra 27 dos oponentes. A personalidade e a agenda de Wilders não encontram popularidade – a maioria dos partidos políticos recusarão a aliança com partidos de extrema-direita no caso de sua vitória, o que pode provocar uma crise política. A situação com o possível Netxit é menos alarmante: de acordo com uma pesquisa da Ipsos, a realização do referendo é apoiada apenas por 34% dos holandeses.

Os jornalistas da agência também indicam como focos prováveis da instabilidade política países como Croácia, Hungria, Grã-Bretanha, Romênia, Lituânia e República Tcheca que também terão eleições. Nestes países eurocéticos, os partidos populistas têm grandes possibilidades de entrar no parlamento.

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