A questão do Brexit, o maior fluxo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, terrorismo, surto da popularidade de eurocépticos e partidos populistas, crise do sistema bancário são os problemas atuais do continente europeu.
A agência Bloomberg apresentou uma lista de países onde as eleições poderão definir a política do continente em relação aos desafios acima mencionados. Estes países poderão provocar instabilidade política em um momento de crescente crise em toda a comunidade europeia.
Se Merkel decidir se candidatar ao quarto mandato, neste caso as eleições parlamentares poderão ser consideradas como um voto de confiança à chanceler alemã: ela é o líder europeu mais influente e "âncora" da integração europeia durante os últimos dez anos. Porém, a crise migratória ameaçou sua popularidade.
Em 25 de setembro serão realizadas eleições em uma autonomia espanhola – no País Basco. Analistas preveem que os nacionalistas bascos vencerão e, após a vitória, com maior grau de possibilidade, exigirão que Madri aumente o volume de créditos orçamentais e amplie os poderes dos órgãos locais. Isso vai gerar problemas para toda a Espanha e sua ordem constitucional.
Em outubro, o Partido da Liberdade da Áustria, do qual fazem parte políticos de direita, terá a segunda chance de ganhar. Em maio, seu candidato nas eleições presidenciais Norbert Hofer perdeu 0,6% de votos para o líder dos "verdes" Alexander Van der Bellen, mas o tribunal constitucional da Áustria cancelou os resultados da votação tomando decisão de fazer mais uma rodada eleitoral. A vitória de Hofer poderia se tornar um resultado extraordinário na história dos partidos europeus de extrema-direita, indica a Bloomberg.
Os jornalistas da agência também indicam como focos prováveis da instabilidade política países como Croácia, Hungria, Grã-Bretanha, Romênia, Lituânia e República Tcheca que também terão eleições. Nestes países eurocéticos, os partidos populistas têm grandes possibilidades de entrar no parlamento.