"Deixamos o Kuwait, mas não as negociações que continuam até 7 de agosto", disse o chanceler iemenita, Abdelmalek al-Mikhlafi, que chefia a equipe governamental de negociações.
O enviado da ONU disse em um comunicado que a partida da delegação do governo iemenita não significa sua retirada das negociações e afirmou que teria intensas discussões com a delegação dos houthis e seus aliados.
"Voltaremos (ao Kuwait) a qualquer momento em que a outra parte decidir assinar" a proposta de paz da ONU aceita pelo governo no Iêmen, disse Mikhlafi a repórteres no aeroporto da Cidade do Kuwait.
A proposta geral atende às demandas do governo, apoiado política e militarmente pela Arábia Saudita, e inclui vários pontos da resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU, que incluem a retirada dentro de 45 dias dos rebeldes xiitas houthis das áreas ocupadas desde 2014 – entre elas a capital Sanaa –, a devolução de armas pesadas ao exército e a libertação dos detidos.
Os rebeldes, no entanto, anunciaram no domingo (31) a rejeição da proposta.
"O que foi apresentado pelo enviado (da ONU) não era outra coisa senão ideias para uma solução sob o aspecto da segurança, assunto a se debater como outras propostas", disse uma declaração da delegação dos houthis.
Para os rebeldes, qualquer acordo de paz deve prever um presidente consensual e um governo de unidade nacional antes de qualquer ponto sobre medidas militares e de segurança.