No último domingo (31), jihadistas do Daesh divulgaram através da internet um vídeo de nove minutos convocando "seus irmãos" a declararem guerra a Moscou e a realizarem ataques terroristas na Rússia.
"Sem dúvida, conforme vão sendo combatidos e têm seus "rabos pisados", os grupos terroristas recorrem à tática de intimidação – uma prática normal, que não deve ser vista com exageros, mas que, no entanto, pede que medidas de prevenção sejam tomadas" – disse Peskov à imprensa, destacando que o presidente russo Vladimir Putin foi informado sobre as ameaças do Daesh.
O porta-voz do Kremlin destacou junto a isso que as mensagens dos jihadistas não influenciarão a política de Moscou na luta contra o terrorismo.
"Ameaças como esta são incapazes de repercutir de maneira alguma sobre a a contínua política da Rússia, sobre a política do presidente Putin, na luta contra o terrorismo, contra o terrorismo internacional, luta esta que, sem dúvida, será mantida em todas as frentes" – destacou Peskov.
Por sua vez, o chefe da república russo da Chechênia, Ramzan Kadyrov, chamou o vídeo jihadista de "balela" desprovidas de reais possibilidades.
O ameaçante vídeo do Daesh não foi a primeira tentativa empreendida por este grupo de assustar Moscou. Intimidação semelhante já foi feita pelo "ministro da defesa" do Daesh Abu Umar al-Shishani, quando ele declarou que iria "invadir" a Rússia. A ameaça, no entanto, ficou por isso mesmo, e o terrorista acabou sendo morto no Iraque.