"O balão de gás penetrou na sala através desta janela. Fui projetado e vi a Irina saltar e tentar tirar o balão que estava em cima do seu filho", contou aos jornalistas o cunhado de Irina.
"Uma grande peça atingiu a sua perna direita – tivemos de amputá-la até o joelho. Também amputamos a mão direita. <…> Além disso, a perna esquerda sofreu ferimentos sérios. <…> Estamos fazendo todo o possível", disse o diretor do departamento cirúrgico do hospital de Aleppo, Usama Baberi.
"O que é que eu devia fazer se eles estavam ao meu lado? Saltei sobre eles e pus uma mão e uma perna em frente para cobri-los", disse Irina.
O seu filho ainda sofreu alguns ferimentos mas a sua vida não está em perigo.
Os amigos de Irina esperam que consiga tratamento num dos hospitais da Rússia porque na Síria há frequentemente falta de medicamentos necessários nos hospitais.
O país está mergulhado em uma guerra civil desde março de 2011, que já resultou em mais de quatro milhões de pessoas refugiadas e desalojadas, além de um número de mortos que, para organismos como a ONU, atinge 250 mil. No quadro deste conflito sangrento, o governo do país luta contra diversas fações de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como "Estado Islâmico") e a Frente al-Nusra.
Em 27 de fevereiro na Síria entrou em vigor um cessar-fogo acordado entre a Rússia e os EUA, países copresidentes do Grupo de Apoio Internacional para a Síria. Acordo foi aprovado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. A trégua não se estende aos grupos que as Nações Unidas classificam como terroristas, incluindo a Frente Al-Nusra e o Daesh (Estado Islâmico), proibidos na Rússia e vários outros países.
A aviação russa realiza voos regulares para fornecer ajuda humanitária à população síria em várias partes do país.