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Aliados de Dilma dizem que ela só irá ao Senado se não for questionada

© REUTERS / Adriano MachadoPresidente do Brasil Dilma Rousseff
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Aliados e o advogado da Presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, estão impondo uma condição para ela se defender pessoalmente no Senado quando do seu julgamento no final de agosto. Dilma só irá ao Senado se receber garantias de que não será criticada nem questionada.

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A proposta foi rejeitada pelos seus adversários políticos. O Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que seu partido, do qual é líder no Senado, será respeitoso quando da inquirição da Presidente mas não abrirá mão das perguntas.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Ronaldo Caiado (DEM-GO), igualmente líder do seu partido no Senado, considera melhor a Presidente não se expor. Segundo Caiado, sessões desta natureza são imprevisíveis e tudo pode acontecer. De modo que, no entendimento do médico e Senador, Dilma deve se preservar, abster-se do comparecimento pessoal e confiar a defesa ao seu advogado.

Na quinta-feira, 4 de agosto, a Comissão Especial do Impeachment aprovou por 14 votos contra 5 o prosseguimento da ação de impedimento da Presidente Dilma Rousseff no Senado. Na próxima terça-feira, 9, a questão será discutida pela primeira vez em plenário, já sob a liderança do Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do Supremo Tribunal Federal. O início da sessão está marcado para 9 horas e a previsão é de que terá 20 horas de duração, entrando pela madrugada da quarta-feira, 10.

Lewandowski acertou com os Senadores, após a sessão da última quinta-feira, que acusação e defesa poderão indicar até seis testemunhas, cada um, para oitivas na terça-feira.

O julgamento de Dilma Rousseff deverá ter início numa quinta-feira, 25 de agosto. O Presidente em exercício, Michel Temer, pediu ao Presidente do Senado, Renan Calheiros, para que todo processo esteja concluído até o dia 31.

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