O presidente afirmou que atende as demandas do povo ao reintroduzir a pena capital para os participantes do motim, e observou que iria assinar tal lei, se o parlamento a adotar.
"Todo mundo sabe que o poder neste país, sem nenhuma dúvida, pertence ao povo, e ele [o povo] está exigindo a pena de morte", disse Erdogan, segundo a agência de notícias turca Anadolu. "Ao mesmo tempo, a autoridade que poderia considerar tal exigência é a Grande Assembleia Nacional [Parlamento turco]. Se o Parlamento tomar a decisão, os procedimentos subsequentes são bem conhecidos. Se este processo chegar à promulgação de uma lei, eu afirmo abertamente — vou assiná-la", acrescentou o presidente turco.
De acordo com algumas estimativas, mais de um milhão de pessoas tomaram as ruas de Istambul neste domingo. O rali também foi transmitido em grandes telões ao ar livre montados em todas as 81 províncias do país, segundo a imprensa local.
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— RT (@RT_com) 7 августа 2016 г.
A reunião foi assistida até mesmo pelos principais partidos da oposição, evento inédito há décadas na Turquia. O presidente do Partido Republicano do Povo, Kemal Kilicdaroglu, disse que o golpe fracassado abriu a porta para a "reconciliação" das forças políticas do país e para a emergência de uma nova "grande Turquia".
A última sentença de morte aplicada na Turquia foi em 1984. Duas décadas depois, Ancara aboliu a pena capital na tentativa de cumprir com as normas da União Europeia para a posterior incorporação do país ao bloco.