Tenista russa sobre Rio 2016: parece que jogamos num canteiro de obras

© AP Photo / Vadim GhirdaTenista russa Svetlana Kuznetsova durante partida nos Jogos Olímpicos Rio 2016
Tenista russa Svetlana Kuznetsova durante partida nos Jogos Olímpicos Rio 2016 - Sputnik Brasil
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A tenista Svetlana Kuznetsova, que defende a bandeira da Rússia nos Jogos Olímpicos Rio 2016, apresentou em entrevista à agência esportiva R-Sport duras críticas à organização do torneiro de tênis da Olimpíada.

"Só estou aqui por que trata-se de uma Olimpíada. Nunca vi uma organização de torneio como esta. O meu treinador é um cara bastante positivo, não fala mal de nada. Mas até ele concordou que este é o pior torneiro do ano em termos de organização" – disse Kuznetsova, respondendo a uma pergunta sobre a sensação do clima olímpico no Rio.

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A atleta contou que a insatisfação está em muitos detalhes, desde as condições das quadras, até o preparo dos gandulas. "Tem falar o tempo todos o que eles [gandulas] devem fazer. E nós vimos ainda como eles treinaram nos primeiros dias, foi terrível. As meninas decidiam quem iria correr atrás da bola. Tipo: eu não vou, vai você. No jogo de dupla de ontem tinha repórteres andando pela quadra, nunca vi isso em lugar nenhum" – explicou.

Nas suas palavras, os atletas mais jovens costumam ter vergonha ou medo de fazer críticas como estas. Ela, no entanto, enquanto veterana, se sente no dever de dizer que condições assim são simplesmente inaceitáveis. "São muitas as nuances. Por exemplo: só te deixam treinar por 45 minutos" – disse.

Apesar de elogiar a estrutura das quadras de tênis, Kuznetsova confirmou as reclamações de outros atletas com relação à poeira.

"Sim, apesar da limpeza, tem muita poeira. Olha lá, – disse enquanto apontava para as instalações de um centro de imprensa dos Jogos – o que é isso? A impressão que dá é que jogamos num canteiro de obras, tem trabalhadores [de obra] andando. Não tenho a sentimento de estar numa Olimpíada" – lamentou a atleta russa.

Falando em possíveis soluções, Kuznetsova disse que bastaria ter chamado uns três bons especialistas para resolver o problema da organização do torneiro.

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