Segundo a senadora petista, "já foram demonstrados fatos que comprovam a inocência da presidente e que, portanto, ela não cometeu crime algum".
Para Gleisi Hoffmann, que foi ministra-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, todas as atenções do Partido dos Trabalhadores devem se voltar para o final deste mês, quando acontecerá o julgamento definitivo da presidente no Senado. Nas palavras da senadora, todos do PT devem se empenhar para convencer os senadores de que Dilma Rousseff deve voltar ao exercício pleno da Presidência da República.
Sobre a sua expectativa para a sessão desta terça-feira, Gleisi Hoffmann declarou:
"Não é uma expectativa muito positiva, até porque esta é uma sessão que precisa de um quórum não qualificado, a maioria simples. A sessão de hoje é para saber se o Senado vai aceitar ou não o relatório do Senador Antônio Anastasia, para iniciar o processo definitivo de julgamento da presidente. Nós já tivemos a manifestação de vários senadores, que apontam pela obtenção da maioria simples para o prosseguimento do processo de impeachment."
A Senadora Gleisi Hoffmann acrescenta:
"O que estamos fazendo nessa sessão é procurar mostrar para o Senado, para o Brasil, que o que está acontecendo aqui é uma grande farsa. Não há crime de responsabilidade cometido pela presidenta, aliás, não há materialidade do crime, porque as pedaladas fiscais, que eram a principal acusação, acabaram sendo destruídas como crime pelo próprio procurador da República – que é a pessoa que tem a responsabilidade perante a Constituição de dizer o que de fato é crime ou não. E ele disse que as pedaladas não se constituem em operação de crédito e, portanto, não são crimes."
"Estamos fazendo o julgamento da presidenta sem base constitucional", conclui a senadora pelo Paraná. "É um evento meramente político, e isso nós queremos deixar claro para o Senado e para todo o Brasil: registrar a injustiça que está se fazendo contra Dilma Rousseff."