Enquanto o COI analisou este relatório de modo crítico, levando em consideração todos os detalhes e resultados apresentados, o Comitê Paralímpico Internacional acreditou em tudo que leu.
Vladimir Lukin, chefe do Comitê Paralímpico russo, declarou que o Comitê russo vai interferir nesta decisão e afirmou que nenhum dos esportistas, mencionados no relatório, faz parte da equipe que vai competir nas Paralimpíadas do Rio.
"A maioria dos esportistas está dentro das normas, tendo seus exames analisados várias vezes por especialistas estrangeiros. Inclusive pela WADA e pelo serviço inglês, que hoje em dia desempenham papel importante neste escândalo. No que se baseiam as acusações contra o Comitê Paralímpico? Pois bem, em nada! <…> Estão nos acusando de criar no país um sistema governamental que dá suporte às violações de doping, mas o Comitê nem foi mencionado no relatório de McLaren, e hoje somos acusados de controle ineficaz", disse Vladimir Lukin.
Em situações desse tipo, pessoas civilizadas buscam a lei através dos Tribunais, destacou Lukin.
"Nós não queremos nos entregar às emoções, por isso continuamos trabalhando. A equipa russa continua se preparando para os Jogos Rio 2016. Acreditamos que a avaliação dos acontecimentos impeça com que este processo se torne um caso político incompreensível<…>", disse chefe do Comitê russo.
"É muito incomum e por isso vamos deixar claro o nosso ponto de vista para Arbitragem. E acho, que no fim das contas, seremos ouvidos: os culpados serão punidos e os inocentes, não. O princípio da presunção da inocência é claro e faz parte da base do europeu e mundial. Este direito não pode ser violado, sendo assim, acredito que vamos justificar a nossa razão", conclui Lukin.
Até hoje, apenas há insinuações sobre problemas de doping e elas estão sendo investigadas. McLaren disse que seu relatório ainda não foi concluído, a investigação continua. O Comitê Paralímpico russo continua recebendo documentos, onde há os números e dados do relatório, que muda a cada dia, inclusive receberam o relatório nos dias 6 e 7 de agosto, sublinha Vladimir Lukin. E fica a pergunta: por que foi tomada decisão tão rígida em relação aos esportistas paralímpicos russos?