Revelação da atleta georgiana que foi submetida a perseguição no seu país

© Sputnik / Levan AvlabreliNino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana
Nino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana - Sputnik Brasil
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Nino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana, relatou à Sputnik que foi perseguida na Geórgia pelas suas manifestações pelo esporte sem política.

Nino Salukvadze, tricampeã olímpica e uma atleta que conseguiu participar nos Jogos Olímpicos por seis vezes, partilhou na entrevista á Sputnik das suas preocupações sobre o futuro do esporte mundial.

— No esporte não há nacionalidades! Deixemos a política para os políticos. Quando eles cometem erros, devem ser eles a corrigi-los, não os atletas. Você sabe que depois que nos abraçámos com Paderin, na Geórgia eu fui anunciada quase como inimigo público número um? 

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Vale a pena lembrar que durante os Jogos Olímpicos em Pequim, Nino abraçou e beijou a atleta russa Natalia Paderin após a cerimônia de premiação. Isso aconteceu dois dias após do início de combates na Ossétia do Sul.

Nino acrescenta que não entende porque o esporte pode causar reações tais negativas do público.  A onda de ódio percorreu toda a Geórgia naquele ano, o que é semelhante a todos os acontecimentos em torno da equipe russa e das acusações de doping:

— Há um problema em todos os esportes, mas só precisam punir aqueles que tomam drogas. O que fez, por exemplo, a mesma Yelena Isinbayeva? Por que perdeu o direito de participar nos Jogos? Afinal de contas, fãs de todo o mundo ficaram muito desiludidos com os Jogos! Quero ver Isinbayeva, quero ver apenas os melhores nos Jogos Olímpicos.

© Sputnik / Levan AvlabreliNino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana
Nino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana - Sputnik Brasil
Nino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana
É de notar que Nino Salukvadze participou dos Jogos pela primeira vez em Seul, em 1988. As Olimpíadas no Rio são os seus sextos Jogos. Mas, além disso, neste ano ela compete com seu próprio filho, que faz 18 anos e conseguiu bater seus concorrentes para chegar ao Rio. A história olímpica ainda não tinha tido um caso semelhante, em que dos concursos participam uma mãe e seu filho.

No entanto, Nino criticou as autoridades georgianas de não prestarem atenção ao esporte no país:

— A mídia georgiana fala que [meu filho] tem que ganhar uma medalha. Porquê? Como é que eles podem dizer isso, se na Geórgia não há nenhum campo de tiro para treinar?

© Sputnik . Alexander ImedashviliNino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana com seu filho Tsotne Machavariani
Nino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana com seu filho Tsotne Machavariani - Sputnik Brasil
Nino Salukvadze, campeã olímpica de tiro georgiana com seu filho Tsotne Machavariani
Na conclusão da entrevista à Sputnik, a atleta georgiana mostrou optimismo e notou que no tempo em que era a esportista mais odiada no seu país, nunca poderia pensar que se tornaria a atleta mais famosa e amada da Geórgia de hoje:

— Tudo passa. Mas o que permanece são os fatos. Um fato é que o esporte não existe para conflitos e política, mas que ele serve para a amizade em todo o mundo.

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