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Deputadas pedem abertura de processo no Conselho de Ética contra Feliciano

© Wilson Dias/Agência BrasilAcusado de assédio, deputadas pedem abertura de processo contra Marco Feliciano no Conselho de Ética
Acusado de assédio, deputadas pedem abertura de processo contra Marco Feliciano no Conselho de Ética - Sputnik Brasil
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Após ser acusado de tentativa de estupro pela estudante de jornalismo Patrícia Lélis, a líder da minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PC do B) e outras parlamentares da bancada feminina apresentaram nesta quarta-feira (10) uma representação contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) junto ao Conselho de Ética da Casa.

Patrícia Lélis fala à imprensa sobre acusação de tentativa de estupro contra Marco Feliciano - Sputnik Brasil
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Patrícia Lélis reafirma denúncia de tentativa de estupro contra Marco Feliciano
Com 22 assinaturas, o documento pede a abertura de um processo contra o parlamentar junto ao Conselho de Ética para apurar as denúncias da estudante.

Segundo Jandira Feghali, a situação é apartidária e as denúncias devem ser apuradas com rigor.

"As denúncias são muitas e muito graves e queremos que a Câmara apure. Não estamos prejulgando ninguém, mas a omissão da Casa não é aceitável. Esperamos uma apuração isenta, que se apure tudo e, se houver comprovação, que se tome as providencias necessárias."

A deputada Érika Kokay (PT-DF) ressaltou que apesar de defender toda as possibilidades de argumentos, conforme os relatos de Patrícia Lélis, o deputado Feliciano teria cometido pelo menos cinco crimes: agressão sexual, agressão física, ameaça, tentativa de corrupção e cárcere privado.

"Estas denúncias têm que ser apuradas com o rigor que a democracia exige. Não podemos permitir que denúncias de tamanha gravidade não tenham uma resposta desta Casa."

Patrícia Lélis pertence a juventude do PSC, partido de Feliciano. Em coletiva à imprensa na segunda-feira (8), a estudante contou que foi chamada por Feliciano para ir ao apartamento funcional dele, em Brasília, no dia 15 de junho, para participar de uma reunião. Porém, segundo a estudante de jornalismo, ao chegar no local descobriu que ele estava sozinho e que não havia reunião. Feliciano então, conforme Patrícia, o deputado tentou estuprá-la. O estupro só não teria ocorrido por causa da intervenção de uma vizinha, que teria ouvido som de briga e batido na porta do apartamento. 

Ainda de acordo com a estudante, após o fato chegou a pedir ajuda a membros do PSC, entre eles o presidente do partido, Pastor Everaldo, mas não obteve resultado. Patrícia relata que recebeu ainda oferta de dinheiro de Everaldo, para não ir adiante com as denúncias. 

A universitária ainda disse ter sido ameaçada pelo assessor do deputado Feliciano, Talma Bauer, que armado a obrigou, segundo ela, a entregar para ele senhas de redes sociais, as quais ele passou a gerenciar como se fosse ela. 

Patrícia também contou que foi obrigada por Bauer a gravar dois vídeos nos quais falava bem do deputado e desmentia o relato que ela própria tinha feito ao jornalista Leandro Mazzini, em Brasília, acusando Feliciano da tentativa de estupro.

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