"Depois do início da operação da Rússia contra o Daesh na Síria, os terroristas começaram a procurar outro lugar para sua sede, fora da Síria. Devido à guerra civil, que agora está passando no território do Iêmen, em meio ao caos no país, os grupos Daesh e Al-Qaeda acham que o Iêmen pode se tornar um bom lugar para criar uma nova base retaguarda e controlar suas operações a partir dali. Eles encontraram condições adequadas no Iêmen", disse Mohammed Taher.
Na opinião dele, "essa é uma ameaça não somente para o Iêmen, mas também para todo o mundo".
"Pedimos a Rússia para prestar atenção na situação, para que o Iêmen não se torne uma ameaça para todo o mundo", concluiu ele.
De acordo com o parlamentar, o Daesh e outros grupos terroristas controlam cerca de um quarto do território do Iêmen.
A organização terrorista Daesh (proibida na Rússia e reconhecida como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como principal ameaça por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando o jihadista da tendência salafita, jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela época, mas de forma secreta, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.