"É a contrariedade do libelo. Nós, inclusive, explicamos na introdução da nossa peça, que embora o mais usual seja fazer uma contrariedade ao libelo mais enxuta, nós optamos por fazer uma síntese de todas as discussões que estão no processo. Nós incorporamos no libelo uma parte das nossas alegações finais, e também a crítica ao relatório Anastasia (Relator da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Antonio Anastasia, do PSDB, de Minas Gerais), porque é a última oportunidade que nós tínhamos de nos manifestar por escrito nos autos."
José Eduardo Cardozo disse ainda que a defesa vai convocar para o julgamento, as seis testemunhas a que tem direito, que são Gilson Alceu Bittencourt, ex-secretário de Planejamento Estratégico do Ministério do Planejamento; Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento; Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal; Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação, e o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo.
"Preferimos essas testemunhas que estiveram mais presentes em relação aos fatos e também aqueles que não puderam se pronunciar na primeira fase do processo porque foi negado pela comissão", disse Cardozo.
A data do início do julgamento final de Dilma Rousseff foi marcada para o dia dia 25 de agosto a partir das 9h. A notificação foi entregue para José Eduardo Cardozo, assim que a manifestação da defesa foi protocolada.
Primeiro vão ser ouvidas as testemunhas de acusação, depois vão falar os advogados de acusação e defesa, e a própria presidente afastada. A expectativa é a de que a sessão dure entre três e quatro dias. Uma reunião na próxima semana entre o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandoski e lideranças vai definir os ritos finais do julgamento.