"Ela pretende fazer um documento dela, uma carta escrita por ela, com os sentimentos dela, falando para a população brasileira e naturalmente também para o Senado Federal. Deve fazer uma análise da conjuntura. Avaliar o que esse movimento representa e quais as consequências."
Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acredita que Dilma Rousseff vai se comprometer na carta a convocar um Plebiscito para novas eleições gerais caso o impeachment não seja aprovado.
"Acho que uma das coisas importantes que ela coloca, e que para mim é o essencial é a questão do Plebiscito, ou seja, submeter a população a saída da crise. Acho que o Plebiscito é uma boa saída e eu particularmente defendo uma eleição geral. Acho que não adianta também eleição só para presidente."
Discordando de Gleisi Hoffmann, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), não acredita que uma proposta de Plebiscito impedirá o impeachment de Dilma.
"Eleições gerais é uma PEC, quem acompanha o Congresso Nacional sabe o quanto tempo demora para se negociar uma PEC para passar em dois turnos com prazo no Senado e dois turnos com prazo na Câmara, e ter a vontade da maioria. Eleições agora não tem sentido."
O senador José Medeiros (PSD-MT) também duvida que a carta de Dilma terá força para barrar o impeachment.
"Ela teve todo o tempo do mundo para fazer interlocução com o Legislativo. Nesse momento, no apagar das luzes ela tenta se comunicar com essa Casa. Não vai ter efeito algum, eu não tenho dúvidas."
O julgamento final do impeachment contra Dilma está marcado para começar no dia 25 de agosto. Ainda não está confirmado o comparecimento da presidenta afastada na sessão no Plenário.