Mrek Obrtel, líder da milícia popular Národní domobrany [Autodefesa Popular], foi entrevistado pela Sputnik República Tcheca e destaca que o objetivo é passar a ser uma espécie de Guarda Nacional como a que funciona na Suíça.
Mas, como as autoridades não estão interessadas nessa atividade, elas não deram permissão.
O coronel sublinha que a Carta dos Direitos Fundamentais, que faz parte da Constituição da República, diz que os cidadãos podem fazer frente a qualquer ameaça contra os direitos humanos e a liberdade democrática, caso os meios oficias legais não o consigam fazer. Hoje em dia os tchecos enfrentam a incapacidade dos órgãos oficiais.
Falando das acusações de extremismo e cumplicidade com a Rússia, o coronel assinala:
"Não podemos nos permitir praticar nenhuma ideologia, isso prejudicaria a ideia da nossa iniciativa popular. Somos uma organização apartidária aberta para todos que têm bom senso."
De acordo com o coronel, atualmente existem 90 seções espalhadas por todos os povoados do país. E, se for necessário, há pessoas que podem defender a sociedade.
"Ultimamente tenho pensado muito nisso, queria responder a mim mesmo a uma pergunta semelhante. Decidi até escrever um artigo sobre isso. Posso dizer o seguinte: apesar de tudo, estou feliz por ter feito isso. Não estou arrependido. Conforme os comentários que eu recebo, muitos compreendem o que eu fiz, eles também querem expressar seu protesto contra a política da OTAN, em particular em relação à Rússia. Mas, na verdade, não têm a coragem… Ainda. Mais são muitos."