"A política do Departamento de Estado norte-americano e do próprio vice-presidente Biden em relação à Sérvia não muda há muitos anos. O objetivo de sua visita é manter a região sob controle dos EUA para prevenir que a Rússia aumente sua influência, bem como a normalização de relações entre Belgrado e Pristina, que deve acabar com a assinatura de um acordo que contribua para a adesão de Kosovo à ONU", disse Prorokovic à Sputnik Sérvia.
Quanto às relações entre Belgrado e Pristina, Prorokovic afirma que Biden não exercerá uma pressão real sobre as autoridades do Kosovo.
"Qualquer pressão dos EUA sobre Pristina tem um caráter tático. Se mesmo algo é apresentado como uma pressão sobre Pristina, isso é feito somente para atingir mais concessões por parte de Belgrado. Mas a pressão sobre Belgrado tem um caráter estratégico. Se Biden acorda algo com Pristina, todos estes acordos devem ser considerados no contexto de um reconhecimento mais rápido de Kosovo por Belgrado", disse o especialista.
Na sua opinião, não convém esperar quaisquer concessões em relação ao Kosovo. O Comitê Olímpico Internacional admitiu o Kosovo no Rio 2016, Pristina boicota os acordos de Bruxelas e os políticos albaneses fazem o que querem e não provocam nenhuma reação de Washington.
Não convém acreditar que Biden chegou para encontrar algum compromisso nas negociações entre Belgrado e Pristina porque, como os outros políticos norte-americanos, Biden apoia a independência do Kosovo.