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Após prisão de irlandês do COI, Polícia procura ainda 7 foragidos da máfia cambista

© TASSO MARCELO /AFPPreso presidente do Comitê Olímpico da Irlanda por venda ilegal de ingressos
Preso presidente do Comitê Olímpico da Irlanda por venda ilegal de ingressos - Sputnik Brasil
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Depois da prisão nesta quarta-feira (17) do presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), desde 1995, Patrick Joseph Hickey, de 71 anos, por suspeita de envolvimento em uma quadrilha internacional que vendia ingressos ilegalmente para as Olimpíadas, outras sete pessoas ainda estão foragidas.

O presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), Patrick Joseph Hickey. - Sputnik Brasil
Membro do COI é preso por venda ilegal de ingressos no Rio
De acordo com a juíza Mariana Tavares Shu, do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos, expediu a prisão preventiva de Patrick Joseph Hickey, Ken Murray, Eamonn Anthony Stephen Collins e do britânico Michael Glynn, todos integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) com o objetivo de evitar que os investigados deixem o Brasil da mesma forma que ocorreu em investigação semelhante na Copa do Mundo de 2014.

"A prisão preventiva assegura a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, já que todos os envolvidos são estrangeiros e não possuem residência fixa no país, de forma que parece previsível que, caso permaneçam em liberdade, se evadirão do distrito da culpa. Cito como exemplo o caso de James Sinton, então Presidente do Grupo Marcus Evans na época da Copa do Mundo de 2014, o qual, tão logo colocado em liberdade, evadiu-se para seu país de origem."

Em coletiva à imprensa na Cidade da Polícia, o titular da Delegacia de Defraudações, delegado Ricardo Barbosa explicou que Patrick Joseph Hickey é acusado de ter fechado uma parceria com a empresa Pró-10, na Irlanda para que esta empresa revendesse os ingressos da Olimpíada para  irlandeses. A Pró-10, no entanto, repassou parte desses ingressos para o grupo britânico THG Sports, que por sua vez revendia os ingressos por preços abusivos, que chegavam a US$ 8 mil dólares, cerca de R$ 25 mil.

"Os ingressos que eram destinados a Pró-10 para serem revendidos eram desviados para a empresa THG, que praticava um cambismo maquiado, camuflado, em um programa de hospitalidade, e revendia esses ingressos por um alto valor financeiro. Essa era a dinâmica dessa quadrilha. Era revender esses ingressos a um suposto título de programa de hospitalidade e com isso, eles tinham dois objetivos: uma margem de lucro alta já que vendiam sob um suposto Programa de hospitalidade e dificultar a investigação policial."

De acordo com Ricardo Barbosa, através do programa de hospitalidade, a empresa THG oferecia aos turistas, por exemplo, jantares e translado, porém, a ideia principal era repassar os ingressos com preços abusivos.

A ação desta quarta-feira (17) é um desdobramento da operação que teve início na cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, no dia 5 de agosto, quando foi preso em flagrante o diretor da empresa britânica THG, Kevin Mallon, e uma funcionária da empresa Bárbara Carnieri.

Outros quatro diretores da THG, também tiveram a prisão decretada nesta semana pela Justiça do Rio David Patrick Gilmore, Marcus Paul Bruce Evans, Maarten Van Os e Martin Studd. Como eles estão fora do país, o mandado de prisão foi comunicado à Polícia Federal e à polícia internacional Interpol. 

Após a prisão, o presidente do Comitê Olímpico da Irlanda chegou a passar mal e foi atendido em um hospital do Rio, por causa de seu histórico cardíaco, o passaporte dele também foi apreendido. 

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