Esta decisão "terá mais implicações", notou Evseev. Isso não somente terá um impacto positivo sobre a situação na Síria, mas a cooperação entre Rússia e Irã também contribuirá para a estabilidade regional, pois prevenirá os EUA e os seus aliados de lançamento de intervenções militares no Oriente Médio.
Recentemente, as forças sírias conseguiram cercar terroristas em Aleppo, cidade que estava sendo controlada por terroristas desde o fim de julho.
Em 6 de agosto, grupos terroristas conseguiram abrir um corredor estreito no distrito de Ramouseh, em Aleppo, cercando tropas do Exército sírio. As forças sírias conseguiram empurrar para trás os militantes em 9 de agosto, mas os jihadistas receberam grande reforço de armas e munições.
Neste contexto "a Rússia ficou perante uma escolha difícil", sublinhou o analista. O país precisa "aumentar a sua presença militar na Síria por causa da escalada de combates, mas entende que isso também impedirá o diálogo interno sírio e a busca pela paz no país".
É por isso que Moscou decidiu desistir de ideia de instalar mais aviões na base de Hmeymim na Síria e resolveu, em acordo com o Irã, utilizar a base de Hamadã. Outras opções possíveis da Rússia incluem o uso de mísseis de cruzeiro Kalibr-NK a partir do mar Cáspio. O Iraque e o Irã já permitiram à Rússia usar o seu espaço aéreo para realização de ataques.
Além disso, planeja-se que o único porta-aviões russo, Admiral Kuznetsov, chegue ao mar Mediterrâneo em setembro.
Como resultado de tudo isso, "o caso da Rússia e Irã está se movendo mais rapidamente, mudando de simples diálogo estratégico para parceria estratégica", acrescentou.