Segundo ele, a Rússia foi o primeiro país a descobrir toda a seriedade da ameaça proveniente da organização terrorista de Fethullah Gulen, conhecida como FETO.
O chanceler turco ressalta que a Turquia nem conseguiu descobrir o que esse movimento representa na realidade e que seus representante são, de fato, agentes secretos.
Cavusoglu informou que desde o início a Rússia teve toda a razão em recear a FETO e não permitiu que ela se desenvolvesse no seu território.
"Esperamos que a Rússia tome todas as medidas adequadas a esse respeito. Apreciamos e valorizamos muito o apoio dos nossos amigos que nos ajudam na luta contra ameaças à Turquia", confessou.
Quanto a Gulen, segundo o ministro, a Turquia já encaminhou uma solicitação para extraditá-lo. No momento, o país dispõe de todos os documentos e provas que evidenciam a tentativa de golpe.
Cavusoglu informou que nos dias 23-24 de agosto uma delegação dos EUA visitará a Turquia e o país pretende compartilhar todas as informações de que dispõe. Haverá também um encontro com o vice-presidente dos EUA Joe Biden a esse respeito.
"Assim que o caso for devidamente preparado, os representantes do Ministério da Justiça da Turquia irão a Washington para realizar todos os procedimentos necessários. O respetivo acordo já foi assinado com os EUA", frisou.
Segundo o ministro, a Turquia sempre satisfez todas as demandas da extradição provenientes dos EUA.
O chanceler turco deixou claro que Gulen e os responsáveis presos têm que ser julgados em plena conformidade com a constituição do país, com processos objetivos e imparciais.
A tentativa malsucedida de golpe militar na Turquia ocorreu na noite de 15 de julho. Gulen, que vive no estado da Pensilvânia, EUA, desde 1999, nega todas as acusações.