Escolhido para carregar a bandeira da França da cerimônia de abertura dos da Paralimpíada, Jeremiasz revelou ter sentimentos mistos com relação à suspensão dos atletas russos, dizendo ser contrário tanto ao doping, quanto à injustiça de uma punição coletiva.
“No entanto, como esportista, tenho sentimentos mistos. Eu sei que entre os atletas paralímpicos que deveriam participar dos Jogos há aqueles que estão limpos, que nunca usaram doping, que por muitos anos fizeram grandes sacrifícios e que não mereceram isso – não sei dizer se são 10, 20 ou 80 porcento” – lamentou Jeremiasz.
Para ele, o problema em questão está na punição coletiva, no fato de que teve gente injustiçada. “Não conheço todas as especificidades do caso, mas eu, por exemplo, se isso pudesse ser organizado, obrigaria todos os atletas russos a realizar testes de doping antes e depois de cada competição” – disse.
“Compreendo eles perfeitamente. Se estivesse em seu lugar, faria de tudo ao meu alcance para lutar pelos meus direitos” – frisou o atleta.
Nas suas palavras, não se deve pensar que doping acontece somente na Rússia, sendo, infelizmente, uma prática a que recorrem muitos países.