"É o fim da aposentadoria, é o aviltamento do salário mínimo, é a privatização da saúde, da educação. É uma proposta absolutamente terrível. Eu prevejo que se o impeachment for mantido a dificuldade do Temer governar será igual ou muito maior que a Dilma teve, com 27 partidos no Congresso Nacional, negociando cargos, vantagens, e uma revolta brutal do povo se ele levar à frente essas propostas neoliberais, ou a perda imediata do apoio para ele por parte da mídia e da banca se ele não levar. A proposta correta hoje seria um grande debate, um Plebiscito e uma nova eleição."
Sobre a matemática da quantidade de votos para que o impeachment se concretize ou não, o senador Roberto Requião afirma que o placar da última votação no Senado que foi de 59 a favor e 21 contra o impeachment em nada interfere para a votação agora.
"Esse placar não tem nenhum sentido para a votação de segunda-feira (29), porque alguns senadores votaram pela admissibilidade para não serem assediados. O voto verdadeiro é o voto de agora, de segunda-feira(29). O meu voto é claro, eu voto contra o impeachment, não vejo sentido nisso. Eu acho que o impeachment hoje é uma canalhice."
Para Roberto Requião, "o crime de responsabilidade não existe e a fisiologia e a corrupção nesse processo eleitoral do Senado é evidente."