Para reafirmar as suas pretensões, a Índia planeja instalar na região mísseis de cruzeiro avançados BrahMos. Estes mísseis foram adoptados pelas Forças Armadas da Índia ainda em 2007 e até o momento permanecem a arma indiana mais flexível, podendo ser lançados a partir de veículos, navios de guerra, submarinos ou aviões.
Em resposta, a China apelou aos seus vizinhos para promover "a estabilidade".
"Esperamos que a parte indiana possa fazer mais pela paz e estabilidade na região fronteiriça", disse o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, segundo a publicação indiana.
A opinião foi ecoada pelo jornal PLA Daily (Diário do Exército de Libertação Popular):
"As notícias atraíram muita atenção. O passo da Índia de instalar mísseis na fronteira nacional já excedeu as necessidades de defesa e representa um perigo sério para o Tibete e Yunnan [província chinesa]".
"A instalação de mísseis BrahMos levará, com certeza, a uma maior competição e antagonismo nas relações sino-indianas e terá um impacto negativo sobre a estabilidade na região".
Nas últimas semanas a China e a Índia têm reforçado as suas forças armadas ao longo da fronteira. No mês passado, a Índia deslocou para a região de Ladakh cerca de 100 tanques. Em resposta, Pequim avisou sobre as possíveis consequências econômicas desse passo para o país.