O jornalista notou que a operação militar em Jarablus fora discutida ainda no ano passado. As autoridades norte-americanas e turcas afirmaram mesmo que a operação se poderia ter iniciado pouco depois da cúpula do G20 em Antália. No entanto, a Turquia abateu um bombardeiro russo e o assunto desapareceu da agenda.
"Assim, a operação turca em Jaramblus não foi inesperada, pelo contrário, foi lançada tarde. Depois dos ataques em Suruc em 22 de julho e todos os atentados que seguiram, Ancara entendeu que o Daesh representa um perigo", disse.
"Posso dizer que esta operação foi possível em resultado de reconciliação entre a Rússia e a Turquia. Não podia ter acontecido sem uma autorização russa. Quero destacar que a normalização turco-russa foi a precondição principal da ofensiva", comunicou o jornalista.
A mesma opinião foi ecoada por uma matéria recente do jornal francês Le Monde.
"Como nunca antes, a Rússia agora é a dona da situação na Síria. Apesar de fato de que Moscou está preocupada com a operação em Jarablus, a operação seria impossível sem o consentimento da Rússia", indica a matéria.
Segundo o Le Monde, Ancara alterou a sua posição em relação à Síria depois de reconciliação com Moscou. Agora esta mudança deu os primeiros resultados.
O jornal russo Izvestia publica um artigo no mesmo sentido.
"Se Ancara não tivesse notificado o governo sírio sobre a operação teria recebido uma resposta violenta de Moscou e Damasco. A Rússia e a Síria sabiam da operação", afirma a fonte.