Após a fala de Dilma, começará a fase de perguntas dos senadores. Os dois primeiros inscritos são do Rio Grande do Sul, Paulo Paim (PT-RS) e Ana Amélia (PP-RS). Contra o impeachment, o senador Paulo Paim vai fazer seu questionamento de forma que dê oportunidade a presidenta afastada de falar de sua luta em defesa da Democracia, a sua história como militante que a levou à prisão e a tortura, durante a Ditadura Militar e os avanços sociais realizados desde o início de sua gestão petista.
"A minha intenção é perguntar a presidenta como ela se sente. Ela, uma mulher lutadora, uma guerreira que foi torturada em defesa da liberdade e da Democracia, sendo injustiçada com pedido de cassação outra vez da sua vida política. Apesar de todos os indicadores dos últimos 13 anos sempre positivos, que agora nesse segundo mandato com repercussão da crise está sendo ameaçada de cassação pela tal de pedalada e decreto."
Já a senadora pró impeachment Ana Amélia (PP), não acredita que a vinda de Dilma ao Plenário vai mudar o resultado do julgamento, que para a senadora já é certo. Ana Amélia ainda criticou o pouco tempo que os senadores terão no julgamento para questionar Dilma Rousseff.
"O que eu me preocupo muito, e acho que não é justo é que o senador tenha cinco minutos para fazer essa inquirição e não tenha direito a réplica, porque ela (Dilma) falará o tempo que quiser para manifestar a respeito da minha opinião. Não tenho nenhuma dúvida de que o resultado deverá ser aqui entre 60 a 61 votos favoráveis ao afastamento definitivo dentro do regime democrático e respeitando toda a lei, ao contrário do que pensam os defensores de Dilma Rousseff."
Durante a fase de questionamentos, a presidenta afastada poderá escolher se responderá ou não as perguntas feitas por cada senador. Depois que todos os senadores inscritos tiverem falado, os advogados de acusação e de defesa também terão cinco minutos para questionar Dilma Rousseff.