Segundo o jornal turco Hurriyet, que cita uma fonte militar, primeiramente a operação foi retardada por causa da oposição dos partidários do clérigo Fethullah Gulen no exército e depois por causa da crise nas relações com a Rússia após a derrubada do Su-24 em 24 de novembro de 2015.
"Estávamos prontos a iniciar uma operação militar na Síria mais de dois anos atrás. Em junho de 2015 a Turquia discutia com os aliados da coalizão, incluindo os EUA, a possibilidade de realizar uma operação terrestre para libertar Jarablus do Daesh. Mas alguns comandantes (próximos de Gulen) alegavam falta de potencial militar para essa operação, e isso foi uma das razões para a adiar", disse a fonte do jornal.
Além disso, destaca a edição, o agravamento das relações turco-russas na sequência da derrubada do caça russo tornou a operação impossível:
"Era impossível realizar os nossos planos por causa da falta da ajuda a partir do ar. Não tivemos essa oportunidade até à aproximação recente com a Rússia", frisou a fonte.
Ele adicionou que os EUA também não saudaram o início da operação militar em 2015:
Na quarta-feira (24), o Exército turco iniciou uma operação de libertação da cidade de Jarablus, localizada ao norte da Síria, com apoio da aviação da coalizão internacional. Os militantes do Daesh estão sendo alvejados por aviões turcos. Além disso, os terroristas estão sendo sujeitos a ataques de artilharia.