Segundo fonte, as respectivas informações foram publicadas em um servidor de Internet, tornando-se vulneráveis a hackers.
Até agora, somente cinco submarinos desta classe Scorpene foram postos em serviço enquanto estão previstos mais 19. Índia é considerada um dos principais compradores deste tipo de submarinos. Segundo planos, mais cinco unidades começarão a ser usadas a partir de 2021.
A empresa DCNS também é responsável pelo contrato no valor de 38 bilhões de dólares para construção de 12 submarinos avançados da classe Barracuda.
A edição indiana, citando a notícia do jornal The Australian datada da sexta-feira passada (26), revelou que os dados podem ter sido "removidos" da DCNS francesa em Paris, ainda em 2011, por um ex-oficial da Marinha da França que atuou como subcontratante para essa empresa.
Uma pessoa de Sidney, cuja identidade não foi revelada pelo jornal australiano, decidiu repassar os documentos secretos a essa edição porque eles "tinham importância para segurança nacional da Austrália", informou The Australian.
Informa-se que o primeiro dos seis submarinos passou por exercícios navais em maio deste ano. Os submarinos irão substituir os modelos existentes: submarinos russos da classe Kilo e submarinos alemães HDW.
Recentemente, a companhia DCNS informou sobre fuga de informações referentes aos seis submarinos da classe Scorpene que estão sendo construídos na Índia. O documento, que foi encontrado pela edição The Australian, tem 22,4 mil páginas. Neles há a descrição dos sistemas de comunicações dos submarinos, de sensores submarinos e de superfície, de comando e controle, de navegação e de lançamento de torpedos.
O contrato no valor de 3,5 bilhões de dólares prevê a transferência de tecnologia francesa para a Índia. O primeiro submarino construído em Mumbai, na Índia, já passou por exercícios navais em maio.