Segundo o documento, a Finlândia terá que intensificar seus laços com os países ocidentais, mantendo a possibilidade de aderir à OTAN para poder responder à alegada ameaça russa.
De acordo com o jornal finlandês Hufvudstadsbladet, o Instituto das Relações Exteriores da Finlândia afirma que o país "tem que tomar cuidado com a política externa russa".
Especialistas finlandeses na área de segurança advertem contra a politização crescente da política energética de Moscou e contra a sua "política externa assustadora e agressiva". Segundo o comunicado, "os atores externos acham cada vez mais difícil influenciar as políticas da Rússia e sua lógica em termos empresariais".
Segundo o comunicado, a usina nuclear em Pyhajoki e o gasoduto Corrente do Norte 2 são projetos nos quais a Rússia aproveita a dependência de outros países em termos de recursos naturais e energia, como parte da sua política externa.
Embora vários políticos altamente colocados, inclusive o presidente finlandês Sauli Niinisto, o ex-ministro de defesa Carl Haglund, entre outros, tenham reiterado em diversas ocasiões que a Rússia não representa ameaça alguma à Finlândia, desde 2014 o Instituto das Relações Exteriores da Finlândia têm colocado ênfase especial na suposta imprevisibilidade e hostilidade da Rússia.
Na Finlândia, país que possui 1,3 mil quilómetros de fronteira com a Rússia, a proximidade do vizinho "cada vez mais perigoso" é frequentemente usada como pretexto para integrar a aliança militar.
Infelizmente, o agravamento das relações bilaterais entre os dois países se refletiu negativamente nos seus laços econômicos, que sempre foram fortes. No momento a Finlândia está enfrentando desafios na área econômica, perante as sanções antirussas impostas pela UE. Foi registrada uma queda grave no comércio e turismo, áreas que retrocederam em mais de 30%.