"Muitos deles não se juntaram ao Daesh naquele momento, mas realizaram de forma ativa várias práticas. <…> Khalimov estava no comando da força policial, ele não era motivado pelas atividades do Daesh. Mas com o passar do tempo, ele mudou", relatou Ben-Meir.
Gulmurod Khalimov, recrutador superior do grupo jihadista, desempenhou a função de comandante de uma unidade de operações especiais do Ministério do Interior do Tajiquistão. Nos anos de 2003 a 2014, ele foi treinado pelas forças dos EUA e participou de cinco cursos de combate ao terrorismo no âmbito de um programa de assistência dos EUA.
"Entre 2003 e 2014, o Coronel Khalimov participou de cinco cursos de treinamento antiterrorismo nos Estados Unidos e no Tajiquistão, por meio do programa antiterrorismo”, disse o assessor do Departamento de Estado, Pooja Jhunjhunwala.
Ben-Meir observou que não importa quão bom seja o treinamento, as autoridades podem falhar no controle dos militantes e "cometer erros".
"Treinar estrangeiros e enviá-los de volta para as várias partes do mundo não é uma novidade. Mas, novamente, os erros acontecem. E os Estados Unidos cometeram particularmente um erro terrível com relação a este caso", frisou o analista.
Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 3 milhões por qualquer informação que leve a prisão de Khalimov.