EUA treinaram militantes que formaram 'núcleo do Daesh'

© NatroNet 🔗 TeknobinO treino do Daesh num campo militar em algum lugar entre o Afeganistão e Paquistão
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Um dos líderes superiores do Daesh, com recompensa por sua cabeça pelos Estados Unidos avaliada em 3 milhões de dólares, participou de treinamento antiterrorismo nos Estados Unidos durante 11 anos, segundo o canal CNN. Em entrevista à Sputnik, o analista político Dr. Alon Ben-Meir disse que o caso com Khalimov não é o único.

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De acordo com Ben-Meir, os EUA treinaram militantes que, consequentemente, participaram da criação do então conhecido grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países).

"Muitos deles não se juntaram ao Daesh naquele momento, mas realizaram de forma ativa várias práticas. <…> Khalimov estava no comando da força policial, ele não era motivado pelas atividades do Daesh. Mas com o passar do tempo, ele mudou", relatou Ben-Meir.

Gulmurod Khalimov, recrutador superior do grupo jihadista, desempenhou a função de comandante de uma unidade de operações especiais do Ministério do Interior do Tajiquistão. Nos anos de 2003 a 2014, ele foi treinado pelas forças dos EUA e participou de cinco cursos de combate ao terrorismo no âmbito de um programa de assistência dos EUA.

"Entre 2003 e 2014, o Coronel Khalimov participou de cinco cursos de treinamento antiterrorismo nos Estados Unidos e no Tajiquistão, por meio do programa antiterrorismo”, disse o assessor do Departamento de Estado, Pooja Jhunjhunwala.

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Em vídeo divulgado pelo Daesh (grupo proibido na Rússia e reconhecido como terrorista no Brasil), Khalimov revela que, em 2003 e 2008, ele viajou para os Estados Unidos, onde recebeu treinamento das forças especiais americanas na base militar Blackwater.

Ben-Meir observou que não importa quão bom seja o treinamento, as autoridades podem falhar no controle dos militantes e "cometer erros".

"Treinar estrangeiros e enviá-los de volta para as várias partes do mundo não é uma novidade. Mas, novamente, os erros acontecem. E os Estados Unidos cometeram particularmente um erro terrível com relação a este caso", frisou o analista.

Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 3 milhões por qualquer informação que leve a prisão de Khalimov.

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