Segundo informou a Agência Brasil, na opinião de Mendes, a tese de penas autônomas adotada pelos senadores, que separou a perda de direitos políticos, pode até vir a se justificar do ponto de vista político, mas “não passa na prova dos nove do jardim de infância do direito constitucional”.
Nas palavras do ministro, "se as penas são autônomas, o Senado poderia ter aplicado à ex-presidente Dilma Rousseff a inabilitação, mantendo-a no cargo”.
Questionado sobre a possibilidade de Dilma vir a se candidatar em futuras eleições, Mendes respondeu que “isso será discutido oportunamente, se ela se apresentar como candidata, na Justiça Eleitoral”.
Na opinião do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a decisão de permitir votar separadamente o afastamento definitivo e a manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff, pode beneficiar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Câmara, abrindo um precedente para mudar o rito do processo de sua cassação.