A pesquisa foi divulgada hoje (6), em conjunto com a revista científica PLoS (Public Library of Science) Neglected Tropical Diseases e em parceria do Instituto Pasteur de Paris.
O trabalho envolveu um total de 42 pesquisadores e foi coordenado pelo médico veterinário Ricardo Lourenço, do IOC. Testes iniciais envolvendo centenas de mosquitos, tanto Culex e como Aedes aegypti, acabaram com a hipótese de que Culex também fossem capazes de portar o vírus Zika.
“Nós examinamos a saliva do mosquito, para ver se o vírus ativo infectante estava ali. Nós não encontramos nenhuma vez o vírus. Isto nos convenceu de que esse mosquito não era capaz de transmitir a Zika. Já os Aedes aegypti se infectavam de 80% a 100% das vezes, com uma quantidade de saliva com muitos vírus” – disse Ricardo Lourenço.
O cientista afirmou que o trabalho, que descarta a transmissão do Zika pelo pernilongo comum, representa um direcionamento importante para as políticas públicas de combate à doença, pois evitará desperdício de recursos financeiros e esforços de saúde no combate a esse inseto em particular.