Durante os últimos dois anos, as cúpulas de G20 se tornaram um meio de determinar o estado de espírito do Ocidente em relação à Rússia. Neste contesto é muito interessante comparar a atitude em relação à Rússia que foi observada na cúpula em Brisbane, depois em Antália e agora em Hangzhou.
Depois da operação russa na Síria, o tom da mídia internacional mudou significativamente. Por exemplo, a edição Financial Times escreveu sobre a metamorfose do "Mr. Putin" em um dos jogadores mais importantes na resolução de problemas mundiais.
Neste ano, segundo a opinião do cientista político russo Sergei Manukov da revista Expert, a tendência para considerar a Rússia uma aliada importante do Ocidente se fortaleceu mais ainda neste ano.
"Durante os três dias em Hangzhou, o presidente russo Putin se reuniu com Chefes de Estado de 10 países: França, Alemanha, Reino Unido e outros. Não é preciso nomear todos, basta falar sobre os Estados Unidos. A reunião de Obama e Putin foi organizada por iniciativa do lado americano. E, em minha opinião, a cúpula em Hangzhou determinou finalmente o equilíbrio de poderes no mundo, em qualquer caso no outono de 2016. Agora, mesmo para os vários céticos e detratores da Rússia é claro: as sanções realmente fracassaram, elas só têm feito mal a todos. Ao mesmo tempo, todos percebem de forma mais clara que os problemas globais não podem ser resolvidos sem a Rússia."
A propósito, o Japão foi o primeiro país que expressou a vontade para voltar ao formato de G8. O primeiro ministro japonês Shinzo Abe declarou isso durante a cimeira em Antália no ano passado.
Sinais semelhantes são agora dados pelos parlamentos europeus. Os membros da União Europeia querem estabelecer uma cooperação construtiva entre a Rússia e o Conselho da Europa. Será que isto mostra que as metamorfoses de Putin se tornaram um trend na política mundial? A próxima cúpula de G20 irá mostrar.