A equipe atua de acordo com os sete princípios fundamentais que regem a instituição: humanidade, neutralidade, Imparcialidade, Independência, voluntariado, unidade e universalidade. A equipe tinha a missão, em caso de confronto entre policiais e manifestantes, de atender quem necessita, sem levar em conta a cor da camisa ou do uniforme.
"Somos uma instituição de ajuda humanitária, conhecida em todo mundo por nossa neutralidade. Procuramos atenuar o sofrimento humano. Nosso foco é a vítima", destacou Luiz Alberto Sampaio, presidente da Filial do Rio de Janeiro da CVB.
Para não pairar qualquer dúvida sobre os objetivos do trabalho, a equipe procura margear passeatas. Os voluntários jamais ficam à frente dos manifestantes ou atrás dos policiais, por exemplo.
"Buscamos nos identificar e atuar com total transparência, para que ninguém ache que somos escudo ou que necessitamos de um. Prestamos primeiros socorros como ator humanitário neutro, imparcial e independente", explicou Marcos Rosa, coordenador da equipe.
Todos que integram o grupo são formados em primeiros socorros e foram treinados por cerca de seis meses. Vale frisar que os socorristas da CVB não substituem o trabalho dos médicos e enfermeiros do Corpo de Bombeiros. O objetivo é atender e estabilizar a vítima até a chegada do atendimento especializado. Por enquanto, a Equipe de Intervenção em Eventos Massivos atua apenas na cidade do Rio de Janeiro, mas o objetivo, a médio prazo, é expandir o serviço para as outras 20 filiais estaduais da instituição de ajuda humanitária.
A Cruz Vermelha Brasileira é uma das 190 Sociedades Nacionais que compõem o Movimento Internacional de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Fundada em 5 de dezembro de 1908, é constituída com bases nas Convenções de Genebra, das quais o Brasil é signatário.
É uma associação civil, sem fins lucrativos, de natureza filantrópica, independente, declarada pelo governo brasileiro de utilidade pública internacional, de socorro voluntário, auxiliar dos poderes públicos e, em particular, dos serviços militares de saúde. Tem como missão atenuar o sofrimento humano, sem distinção de raça, religião, condição social, gênero e opinião política.