Depois de muitos meses de discussões, o Conselho de Ética aprovou, em junho, o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que pede a cassação de Cunha, afastado do cargo de deputado federal desde maio passado, após um processo que teve início com uma representação protocolada em outubro por deputados do PSOL e da Rede.
Para que a cassação ocorra, são necessários pelo menos 257 votos favoráveis (maioria absoluta), de um total de 513 deputados. Se isso acontecer, ele deve ficar inelegível até janeiro de 2027. No entanto, aliados do parlamentar já manifestaram o interesse de defender uma pena mais branda.
Segundo o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a votação do parecer seguirá o mesmo rito das votações anteriores de perda de mandato. Mas tentativas de dividir a votação e analisar separadamente a manutenção ou não dos direitos políticos de Cunha vão depender de decisão soberana do Plenário.
"Em relação a eventuais iniciativas de deputados aliados de Cunha, Maia afirmou que não vai impedir a apresentação de questões de ordem, destacando que um recurso à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) com efeito suspensivo contra a decisão da presidência dependerá do apoio de um terço dos presentes em Plenário", informou a Agência Câmara Notícias.
Maia adiantou que, para evitar manobras, a votação só terá início com quórum alto, superior a 400 deputados. A sessão está marcada para as 19h.