Por exemplo, se o usuário tenciona buscar informações sobre crimes de Clinton, sua barra de busca automaticamente sugere procurar "reformas", "crise" ou o projeto da lei de 1994, mas nada sobre seus crimes. Pelo contrário, as ferramentas de pesquisa Yahoo! ou Bing oferecem aos internautas as informações que estão buscando.
O vídeo se tornou viral e recolheu no total mais de 32 milhões de visitas. Isso gera perguntas sobre se a Google está trabalhando a favor da candidatura de Hillary Clinton.
O Google respondeu ao vídeo com um e-mail para o jornal The Washington Times desmentindo tudo.
A empresa tentou limpar sua reputação explicando que a sua barra de busca evita em geral que sugestões apresentem as pessoas de maneira negativa. "<…> Isto é completamente falso", disse Epstein.
O que acontecerá se a pesquisa for Donald Trump? O resultado é evidente.
Epstein, em conjunto com sua equipa do Instituto Americano para Investigação de Comportamento e Tecnologia, tem realizado uma análise sistemática do algoritmo que o sistema de busca do Google usa para adivinhar pesquisas de usuários.
Segundo os resultados da análise, a barra de busca evita resultados negativos somente para Hillary Clinton, mas essa lei não abrange o seu rival na campanha eleitoral.
Por exemplo, a análise mostra resultados da pesquisa de "anti Hillary" e "anti Trump", realizada em 2 de agosto. O sistema não oferece variantes negativas sobre Clinton, mas oferece um leque de sugestões pouco agradáveis para a pesquisa sobre Trump. Ao mesmo tempo, o site de busca Yahoo! não é tão seletivo.
Epstein lembrou que um grande número de matérias na revista The Wall Street Journal, por exemplo, mostram que funcionários da Google visitam frequentemente a Casa Branca desde que Barack Obama assumiu o cargo. No total, foram realizadas mais de 450 visitas, o que é um número maior de visitas do que o de qualquer outra empresa dessa magnitude.
Alguns meses atrás, o portal The Intercept publicou uma matéria na qual mostrou que cerca de 250 pessoas têm ocupado e intercambiado cargos tanto no Google, como na Casa Branca.