Segundo Meirelles, de 2007 até 2015, ocorreu um crescimento dos gastos públicos federais de mais de 50% acima da inflação, e o consenso é de que esse percentual é insustentável, pois gerou uma desconfiança na economia, houve queda na atividade econômica e aumento do desemprego.
"Esta foi a herança que recebemos e nos compete resolvê-la. Não lamentar, mas resolvê-la. Existiu uma aceitação muito grande das lideranças de que há uma disposição sim de enfrentar esse problema e de resolver, porque a mera apresentação das propostas, a discussão e uma avaliação de que há chances de aprovação é enorme, e de que vai passar como é a avaliação de todos, nós já temos uma recuperação da economia. A confiança já voltou a subir, a confiança do consumidor, dos empresários, a economia já começa a dar sinais de que vai reagir, e é importante que isso se consolide, com a aprovação da Emenda Constitucional."
De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia a expectativa é a de que a votação da PEC, em dois turnos ocorra até o fim de outubro.
"A partir de hoje já teríamos condições de votar na Comissão, mas isso vai acontecer na primeira semana de outubro e acho que mais importante que aconteceu essa semana foi a informação de que os governadores ontem (13) deram ao ministro da Fazenda e que está na imprensa, e muito claro em relação a herança, que foi deixada pelo governo anterior. Quatorze estados pensam em decretar calamidade financeira. Isso mostra a urgência da aprovação da PEC do Teto de Gastos."
Também presente no café da manhã, o Deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que a ideia é encaminhar a matéria para o senado na primeira semana de novembro.
"Eu fecho o relatório na semana que vem. A ideia, e necessário, nós vamos votar o relatório na primeira semana de outubro na Comissão Especial e aí Rodrigo Maia estabelece na segunda quinzena de outubro a votação da emenda no plenário da Casa e mandarmos para o Senado na primeira semana de novembro."
Já sobre a reforma da Previdência, o ministro da fazenda Henrique Meirelles disse que a questão ainda está em discussão, e ainda não tem data para que as mudanças que serão propostas pelo governo sejam enviadas ao Congresso.